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Artigo
A COR DA DEVOÇÃO: O LEGADO DO POVO NEGRO NO CARIRI CEARENSE.
Qual é a cor dos devotos de Padre Cícero? Partindo dessa indagação, a historiadora Maria Telvira da Conceição esta semana escreve na Coluna NOSSAS HISTÓRIAS questionando sobre o apagamento da identidade racial dos/as romeiros/s presentes na região de Juazeiro do Norte. Tradicionais na região Nordeste, essas devoções são reconhecidas como um dos maiores fenômenos religiosos do Brasil. Diante da expressividade numérica e simbólica dessa prática devocional, a historiadora percorre os agenciamentos negros que integraram a formação das romarias, bem como sua longevidade no tempo presente
Confira um trecho do artigo "A cor da devoção: o legado do povo negro no Cariri cearense":
Pela força do racismo, indivíduos e coletividades negras, além de apagados da história, foram insultados pela elite, pela imprensa da época e pela própria igreja como "rudes, atrasados, delirantes, vagabundos e fanáticos". Importante destacar que, mesmo tendo suas ações desqualificadas como curandeirismo ou macumbaria, esses/as sujeitos/as continuaram expressando suas devoções e participando da dinâmica sociocultural do Cariri. Narrar suas experiências é uma forma de promover reparação histórica, pois, conforme lembra o historiador Michel-Rolph Trouillot, a história tem sido um discurso de poder que se caracteriza pela produção da invisibilidade.

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